A partir de segunda-feira, boleto vencido acima de R$ 500 será aceito em qualquer banco

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) amplia na próxima segunda-feira (09) a gama de boletos atrasados que poderão ser pagos em qualquer agência. O consumidor que tiver cobrança com valor igual ou maior que R$ 500,00 poderá quitá-la em qualquer banco ou via internet, mesmo após a data de vencimento.

Essa é a terceira etapa de adoção de plataforma de cobrança que permite a quitação de boletos em atraso em qualquer agência bancária no País. O novo sistema de pagamento está sendo implantado por fases, cuja data final é prevista para dezembro.

A regra teve início no dia 10 de julho, mas somente para documentos superiores a R$ 50 mil. No mês passado, as agências começaram a receber as cobranças vencidas com o valor total acima de R$ 2 mil.

A entidade prevê para o dia 13 de novembro reduzir o limite para boletos com valores acima de R$ 200,00. E, a partir de 11 de dezembro, os débitos atrasados passam a ser aceitos em qualquer banco independentemente do valor.

Antes dessas normas, as cobranças atrasadas só eram aceitas em agências do banco que a emitiu. Em muitos casos, o usuário deveria gerar a segunda via do boleto com os valores atualizados – esse procedimento era feito via internet ou na própria agência.

De acordo com a Febraban, o escalonamento se deu por causa do grande volume de boletos bancários no sistema financeiro. Todos os anos são emitidos, em média, 3,5 bilhões de documentos do tipo no País.

Mudança

Outra mudança exige a identificação do Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do pagador. Conforme o calendário de adoção da nova forma de pagamento e seus respectivos valores, os bancos deixarão de aceitar boletos sem essas identificações.

Segundo a entidade, isso vai facilitar o rastreamento de pagamentos. Os clientes sem esses dados serão contatados para refazerem.

Ao quitar o boleto, o sistema verifica as informações. Caso exista divergência nos dados pessoais, o pagamento só poderá ser feito no banco de origem da operação. A entidade acredita que, com a medida, vai reduzir uma série de operações fraudulentas e prevenir crimes de lavagem de dinheiro e corrupção.